sexta-feira, 11 de julho de 2008

Griz



Quando o dia nasceu se fez cinza todos os sonhos da noite passada
Onde havia cor e brilho, ganhara um canto turvo coberto por um nuvem que não sabia eu de onde nascera.
Fizera de ti algo para se lembrar e guardar em potes grandes no armário pequeno da casa que ainda não tenho.
Lembrei da dança, da dança que nunca dançamos. E do beijo que não sei mais se te dei.
Foi um cara com cara de anjo quem roubou de mim todo o encanto e magia... toda a magia da noite passada. Um anjo que talvez tenha vindo apenas para te ver chorar.

Roubo do tempo o que ah de melhor para nele fixar minhas novas idéias, meus novos momentos. E mesmo com tantas nuvem acredito que vá sair.
Para a rua secar com meus olhos, as lagrimas que tua pele não secou.

Alguém para lhe dizer que de tudo o que faz um pouco de vida leva pra ti, e que para cada sorriso seu uma nova estrela nasce no céu...pois só assim terá de fato razões para brilhar.
Imaginei que tinha pra mim a mais bela de todas as luzes do universo. E foi quando você partiu que passei a imaginar que a estrela que para mim mais brilhava já havia morrido a tempos. Mas que pela distancia sua luz ainda ecoava em mim.
Talvez a maior de todas as estrelas esteja em um lugar tão distante que sua luz ainda não tenha tocado minha face...mas isso não quer dizer que ela não exista...é como você...Perfeita, porém intocável.

Em cinzas se fez os meus sonhos quando a noite partiu.
Quando o dia surgiu.
...e você partiu.

Em cinzas se fez lentamente a noite outonal
Cinza nasceu o dia em chuva matinal
Tudo se desfez...tudo começou...outra vez!

Vinicius Casé de La Sota / André Marques
Ilustração: Gabriela Bio

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