quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Horizonte.





Eles ficaram nervosos apenas por que pela primeira vez tive de dizer não.
Encontrei no velho armarinho da sala, uma bolsa de couro e uma lanterna.
Nela tinha um recado de papai. E dizia “busca no horizonte a resposta para as curtas distancias”.
Foi difícil entender na primeira vez, mas depois de alguns goles na boa Natasha minha mente se abriu.
Troquei meu carro por um cavalo
E o computador por um radinho de pilha
Meus ternos, dei a um velho que pedia por dinheiro.
O cavalo resolvi chamar de Ladrão. E o radinho carregava sem pilhas na mão.
Vendi alguns dos discos de ouro pra trocar os papeis por cigarros de palha.
Estava pronto. Podia partir. Podia conhecer o horizonte.
No primeiro dia de minha viagem encontrei um velho romeiro chamado Sebastião.
Era baixo e de braços longos, mas muito burro para uma cabeça tão grande.
-Sr. Como faço para chegar ao fim do horizonte?
Ele sorriu, e com um ar de pura sabedoria me falou entre a boca rachada e de pouquíssimos dentes.
-Feche os olhos, e deixe a vida te guiar!


Nota do autor:
São varios os caminhos a se seguir. Faça o seu melhor


Texto: Vinicius Casé de La Sota.
Ilustração: Wagner Linares

Um comentário:

Ta tumultuando disse...

Simplesmente amei esse... minha cara! rs...que Deus te ilumine sempre com esse dom divino! bjukas garoto!