terça-feira, 12 de julho de 2011

Velho Moço

Me disseram que o tempo se afasta a cada dia de nos, e que não importava para onde eu fosse sempre seria assim. Mesmo que eu lutasse, mesmo que eu fosse o melhor, que desse o meu melhor, o tempo para sempre se afastaria de mim.
Como o tempo que se vai, hoje meu canto é soa bem, alto, impulsivo.
Sombras de pensamentos se fazem na cabeça deste que a poucos leu triste o tão triste comentário em sua pagina de recados. Dizia o pai, “Meio Tristão, mas estou bem. É que o tempo passa rápido”.
Caminho pelo quarto que sequer é meu, cigarro acesso entre os dedos, fumaça fumegante que toca o teto de madeira e caminha lentamente para a janela. Entre os dedos uma nova aliança, prova de meu amor maio por alguém. Entre os braços, novas tatuagens de estrelas que espero saber fazer brilhar. Entre os olhos um fino nariz, Única característica herdada de quem o pariu. Entre o peito, um amargo, um silencio, tantas duvidas.
Meio Tristão, ele disse.
Como o tempo passa rápido,
Tudo o queate hoje fiz, de nada valeu, nenhum sorriso lhe deu...
Como o tempo passa rápido.
Entre as veias o sangue dele, entre a carne um coração.
O tempo que me leva, é o tempo que te faz.
Que te faz ver
Que te faz sentir
Que te faz querer.
E eu,
Com tanto tempo ainda, com tanta vida ainda,
Com tanta saúde ainda.
Ainda me sinto só
Como e fosse algo que ainda não existe.
Ainda com tanto tempo,
Essa noite me sinto triste.

“É que o tempo passa rápido”.



Por – Vinicius Casé de La Sota.

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